terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Números Fixos nas Camisas dos Times de Futebol

Nos últimos anos, cada vez mais os grandes clubes brasileiros estão adotando o sistema de números fixos nas camisas dos jogadores, alguns também incluem o nome do atleta. Pratica muito comum na Europa há muito tempo.
Mas por que os clubes estão adotando a numeração fixa? Que vantagens ela traz? A resposta é simples: identificação do torcedor com o jogador preferido, seu ídolo.

A identificação às vezes é tão grande que clubes escolhem homenagear o jogador aposentando a sua camisa. É o caso de Maldini (3) e Baresi (6) no Milan, Roberto Baggio (10) no Brescia, Marcos (12) no Palmeiras, Cruyff (14) no Ajax, Blanco (10) no América do México, etc.

A identificação ajuda a aumentar as vendas de camisas. Existem muitos exemplos pelo mundo, mas irei apontar um case brasileiro de muito sucesso: Ronaldo Nazário no Corinthians. Nos primeiros dias após o seu anuncio, a camisa número 9 de Ronaldo já estava esgotada e após um mês de sua aposentadoria ele ainda liderava as vendas de camisas (timaonet.com.br).

Mas se a numeração não fosse fixa, será que venderia tanto? Provavelmente venderia muito bem por se tratar de um craque, mas não tão bem quanto à numeração fixa. O motivo é que quando Ronaldo não jogasse dividiria a camisa número 9 com seu reserva. Então, ao comprar a camisa, o torcedor está se identificando com o Ronaldo ou com o seu reserva? Pois muitas vezes um jogador reserva tem muita identificação com o torcedor quanto um titular. É claro que Ronaldo não tinha um reserva a sua altura, mas e se tivesse?

O torcedor nem sempre se identifica com o craque principal de seu time, aquele mais famoso. Eles também se identificam com os outros jogadores do time, que possuem características que ele admira. Como a elasticidade do goleiro, o volante que tem raça, o zagueiro que tem diversas partidas pelo clube, o lateral que corre de forma incansável, o reserva que entra e sempre faz gol, etc. Por esse motivo a numeração fixa se torna importante, pois facilita a associação do torcedor com o jogador, criando uma marca (jogador somado ao seu número). Inclusive surgiram marcas nesses moldes, como exemplo: lembrarmo-nos de CR7 (Cristiano Ronaldo) e R10 (Ronaldinho), marcas criadas a partir do nome e número da camisa.

A identificação faz com que as receitas com vendas de camisas aumentem e propicia que o clube reconheça qual jogador vende mais, que por consequência, será o jogador com mais fãs, podendo o clube então realizar diversas ações de marketing esportivo com esse jogador.


A numeração fixa também tem vantagem para o patrocinador de material esportivo, que lucra com o aumento das vendas, mesmo aumentando um pouco os custos para adotar o sistema. Tanto que algumas marcas como Nike e Adidas, as duas maiores do mundo, adotaram esse padrão para todos os times que patrocinam.

Não existem praticamente desvantagens em utilizar numeração fixa, ainda que existam torcedores mais tradicionais que são contra, pois acreditam que futebol é de 1 a 11 e deu. Mas será que esse público compra camisas de futebol, ou seja, fazem parte do público alvo? Qual é a proporção destes na torcida? Nada que uma boa pesquisa possa responder! Assim se faz marketing, pesquisando!

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